Operação encontra irregularidades em abrigo para idosos de Valparaíso

29/05/2023 13h29 - Atualizado em 29/05/2023 às 13h29

A Polícia Civil de Goiás, com o apoio da Vigilância Sanitária, Creas, e Polícia Técnico- Científica, realizou, no dia 25 de maio, busca e apreensão em uma associação filantrópica responsável por cuidados de idosos, em Valparaíso de Goiás. A ação visava à apuração de denúncias sobre a sedação de idosos no período noturno para dispensa de equipe de apoio, fato que estaria ocasionando o falecimento de pacientes.
A Polícia Civil diligenciou durante o dia, mas nada de anormal foi identificado, razão pela qual foi representado pela busca e apreensão no período noturno, pedido deferido pelo Poder Judiciário. Durante o cumprimento da medida, realmente existiam apenas duas cuidadoras no local, para cuidado de 38 pacientes.
Nos ambientes fechados, foram localizados vários medicamentos de uso , dentre eles morfina, sem o devido receituário. Ainda, foram encontrados vários receituários já preenchidos, sem médica e outros receituários em branco. Perto dos alimentos consumidos pelos idosos, havia um pilão para macerar os medicamentos dos internos e vários potes de medicamentos diversos com o nome dos pacientes.
Outras irregularidades foram encontradas, como baratas na dispensa, idosos dormindo no corredor ou na sala de fisioterapia, além do fato se o local possuir a média de 38 acolhidos aos cuidados de apenas duas pessoas. Os medicamentos sem receituários foram apreendidos, bem como os receituários médicos sem e o DV-R com as imagens de segurança para fins de perícia.
As cuidadoras foram ouvidas e liberadas e a investigada, proprietária legal do abrigo, não foi localizada no dia da operação, tendo encaminhado suas auxiliares e seu advogado para acompanharem a conclusão das diligências. Ele deverá responder pelo crime do art. 99, caput, da Lei nº 10.741/03 e pelo crime de fornecer medicamento em desacordo com a receita médica, art. 280 do Código Penal.
Os idosos estão sendo acompanhados pela Assistência Social de Valparaíso e pelo Ministério Público Estadual.